Mallus Vastator Houve um tempo, entre o silêncio eterno do cosmos e os primeiros sussurros da consciência, nasceu uma busca por conhecimento capaz de moldar civilizações: compreender a essência do Todo. Por milênios, a humanidade ergueu os olhos ao céu, confinada em seu berço azul, limitada, pequena… A Terra se curvava à tecnologia e ao orgulho humano. Homens erguiam tronos de silício e aço, acreditando ter vencido os deuses. Então veio o fogo. A Guerra Final, travada por mãos humanas, varreu civilizações inteiras. O céu se abriu em chamas, cidades tornaram-se vidro ao chão, e espécies desapareceram, esquecidas como nomes riscados na história. Somente um lugar resistiu: o Arx Occulta Pontificia Romae . Dez mil almas sobreviviam protegidas por fé, aço e relíquias antigas. Ali, a Igreja tornou-se abrigo e matriz, mãe de uma nova humanidade: Presbyteri puderam se casar, gerar filhos, e a fé se transformou para garantir a sobrevivência. Séculos se passaram. A Terra cicatrizou lentamente, florestas e animais voltaram a respirar, e a humanidade rastejou de volta à luz. Então nasceu uma criança diferente, a qual foi nominada de Yeshua Mshiha pelo Pontifex Imperialis . Mais alto, mais rápido, mais forte. Suas palavras silenciavam salas, seu olhar dobrava líderes, seus pensamentos moldavam a matéria. Milagre, magia, psiquismo? Ninguém ousava descrevê-lo com precisão. Ele cresceu sob os olhos atentos da nova Igreja, e por consenso absoluto, foi coroado Imperator . O tempo não o tocou. Não envelheceu. Não adoeceu. Não sangrou. Nasceu a lenda do Imperator Immortalis , o trono eterno em carne viva, último elo entre o humano e o divino. Com anos de estudo, desvendou as leis do cosmos e unificou teorias antigas, criando a Teoria de Tudo. Assim nasceu a cronologia que rege o Imperium Solare : os anos AnTO - Ante Theoriam Omnium e PoTO - Post Theoriam Omnium . Um corte profundo na história, um divisor entre ignorância e poder. Os antigos filósofos perguntavam: “O que é existir? O que é mover-se?” As respostas não vieram dos deuses, mas das equações. Nada surge, nada some, tudo está preso num ciclo infinito de transformações. Energia, matéria, espaço e tempo eram faces de um único cristal eterno e ao tocá-lo, o homem conquistou o fogo primordial. O universo revelou-se cíclico, fechado, perpétuo. Uma maçã dentro de uma caixa tornou-se metáfora do paradoxo da origem: como o fruto pode existir antes da árvore? Assim era o cosmos, assim era o destino. O início e o fim dançavam em círculo, e a humanidade, pela primeira vez, ousava escrever seu próprio papel nessa dança infinita. Da Terra, berço e prisão, expandimo-nos pelo Systema Solare . Colônias lunares e marcianas floresceram como jardins frágeis no deserto do espaço. Bases orbitais, cidades sobre o gelo de Europa, colmeias mineradoras em Ceres, o primeiro Imperium Solare se erguia, mas ainda éramos crianças diante da vastidão da galáxia, incapazes de atravessar seus oceanos infinitos.
Fenestra Antiquorum - Punctum Nullum A aurora da expansão humana para além do Systema Solare foi marcada não apenas pela tecnologia, mas por uma revelação que mudou para sempre a história da galáxia. Por séculos, acreditávamos que o salto interestelar seria fruto de nossas próprias mãos. Fusão nuclear, aniquilação matéria com antimatéria, até mesmo a manipulação de singularidades, tudo isso parecia o ápice da engenhosidade humana. Mas diante das relíquias dos Antiquii , fomos lembrados de nossa fragilidade. Foram os Fenestra Antiquorum , colossos adormecidos à deriva no final do Systema Solare , que abriram as portas do infinito. Construções de escala e precisão além de qualquer engenharia conhecida. Seu núcleo, segundo os estudiosos, pulsava com a chamada energia de ponto zero, uma força intocada, incompreendida. As primeiras ativações ocorreram há apenas cinquenta anos. Tropas de exploração, engenheiros, psíquicos e sacerdotes de diversas fés foram enviados para estudar os Fenestra Antiquorum . O que encontraram foi um silêncio antigo, como se cada estrutura fosse ao mesmo tempo uma máquina e uma tumba. Não havia sinais dos construtores. Apenas circuitos adormecidos, símbolos gravados em ligas indestrutíveis, e a promessa de passagem. Muitos acreditavam que os Antiquii haviam desaparecido bilhões de anos antes, deixando para trás seus Fenestra Antiquorum como rastros de uma glória esquecida. Outros, mais ousados, diziam que eles não se foram: apenas observavam, invisíveis, à espera de que suas criações florescessem ou definhassem. E alguns poucos filósofos defendiam a ideia mais perturbadora, de que todas as possíveis espécies da galáxia, semeadas pelos Antiquii , moldadas como experiências, jogadas como sementes em mundos distantes. O que era certo, porém, é que o Fenestra Antiquorum poderia nos conceder o acesso ao Vastus , o oceano de estrelas além das fronteiras do Imperium Solare . O Senatus Solaris , não hesitou em autorizar as primeiras incursões. Mas sabiam que não poderiam enviar simples exploradores. O Vastus não era apenas desconhecido, era um domínio possivelmente perigoso. Foi assim que nasceu a figura do Dux Corsarii . Um título concedido a poucos, famílias nobres escolhidas a dedos, marcados em pele, e Mandatum Dux Corsarii de autoridade, com selos psíquicos e bênçãos sacerdotais. Esses homens e mulheres receberam o direito de agir com poder quase soberano fora das fronteiras do Imperium Solare . Guerreiros, diplomatas, mercadores e conquistadores tudo em um só corpo. Onde a lei do Imperium Solare não alcança, é o julgamento do Dux Corsarii que define destino. Com o despertar dos Fenestra Antiquorum , o primeiro deles se prepara para atravessar o abismo, levando consigo a chama de nossa espécie rumo ao desconhecido. Protocoli Activationis Petere Activationem ab Statione Imperii Portalis. Statio eliget novem Fragmenta Constellatio in Fenestra Antiquorum. Alocare Fragmenta in Nexus Fenestrae. Confirmare Stabilisationem Energiae Puncti Nulli. Exspectare Allineationem Vectorum Phaseos. Initiare Sequentiam Transitio Stellarum. Observação: Combinações não homologadas pelo Senatus Solaris devem ser registradas no Codex Resonantiae e supervisionadas por um Legatus Astralis . Falhas de ressonância podem resultar em abertura para domínios instáveis ou dimensões não cartografadas.
Primus Dux Corsarii O Senatus Solaris reunia-se em sua cúpula mais alta em Gaia , coração do poder humano. Ali, sob o olhar atento do Imortal e das estátuas douradas representando as eras da humanidade, foi tomada a decisão que mudaria para sempre o destino do Imperium Solare . Os Fenestra Antiquorum dos Antiquii , silentes por bilhões de anos, haviam sido despertados. E pela primeira vez, a humanidade ousaria cruzar seus arcos misteriosos. Para isso, não seriam enviados meros exploradores, mas homens e mulheres investidos de autoridade quase ilimitada: os Dux Corsarii . Cada um deles receberia uma tatuagem, um Mandatum Dux Corsarii , infundido com selos psíquicos e símbolos de legitimidade imperial. Esses documentos não eram simples autorizações; eram pactos vivos entre o Imperator Immortalis e seus agentes, um elo que os tornava mais que indivíduos: braços estendidos da própria vontade imperial. A leitura do primeiro Mandatum Dux Corsarii ecoou pelo grande salão: “Em nome do Imperator Immortalis e do Senatus Solaris , outorgamos ao Dux Corsarii a liberdade e o direito de ir além dos limites conhecidos. Que explore, conquiste, negocie e traga de volta riquezas, sabedoria e glória. Seu julgamento será a lei em terras distantes; Sua espada, a ordem; Sua palavra, o reflexo da autoridade imperial.” Os presentes silenciaram. Uns viam nesses homens, o início de uma era de prosperidade, outros, o risco de libertar predadores em nome do Imperium Solare . Os Dux Corsarii seriam livres como ninguém jamais fora, carregando tanto o fardo do Imperium Solare quanto a tentação da própria ambição. Às margens dessa cerimônia, estudiosos murmuravam sobre os Fenestra Antiquorum . As teorias abundavam: Seriam cicatrizes de guerras antigas? Pontes deixadas de propósito? Ou apenas ferramentas esquecidas por uma civilização que nunca pensou que alguém ousaria utilizá-las? Os Dux Corsarii não tinham respostas. O que tinham era uma ordem: cruzar o primeiro Fenestra Antiquorum ativo, situado no final do Systema Solare , e lançar-se no Vastus , o mar de estrelas além do alcance humano. Naquela noite, uma nova página começou a ser escrita. Não apenas na história da Terra, mas na da Própria galáxia. Pois a bandeira do Imperium Solare estava prestes a tremular em mundos onde jamais seu nome havia sido ouvido.
A Primeira Travessia O Fenestra Antiquorum pulsava como uma ferida aberta no próprio tecido da realidade. Seu anel ciclópico, feito de um material que nenhuma forja humana fora capaz de replicar, irradiava um brilho que parecia oscilar entre o azul profundo e o dourado efêmero, como se duas verdades contraditórias coexistissem no mesmo instante. Diante dele, a nau imperial Aurora Primus , comandada pelo Dux Corsarii Adrianus Valere, aguardava o sinal. No Senatus Solaris , discursos inflamados ecoavam há meses: Uns afirmavam que atravessar o Fenestra Antiquorum era desafiar os próprios deuses; Outros, que era a aurora de um novo destino para a humanidade e seus aliados. Os filósofos descreviam o ato como o Rumpere Velum , e os teólogos falavam em sinais escatológicos. Mas, no coração do Imperium Solare , o que movia a decisão era a velha e inabalável sede de expansão. Quando o sinal foi dado, os motores rugiram, e a Aurora Primus avançou. Ao cruzar o limiar, toda a tripulação foi envolta por uma sensação impossível de traduzir. Alguns descrevem como se o tempo tivesse parado; Outros, como se tivessem visto todas as suas memórias desfiadas diante dos olhos. Havia relatos de vozes, de ecos de pensamentos que não pertenciam a nenhum deles. O que era real e o que era alucinação ninguém jamais conseguiu comprovar. Do outro lado, não havia morte, mas silêncio. O vácuo se estendia, repleto de estrelas, constelações jamais registradas ou desorganizadas do novo ponto de vista. A humanidade havia dado seu primeiro passo além da prisão de seu próprio sistema, guiada pela mão invisível de uma civilização que já não existia ou que talvez apenas observasse. Através do Rete Immediata Entrelaementum Quantica - RIEQ a notícia retornou ao Imperium Solare , o impacto foi sísmico. Cultos inteiros surgiram da noite para o dia, declarando que os Antiquii haviam chamado os homens para uma nova era. Cientistas celebraram a maior conquista desde a Teoria de Tudo. Já os militares falavam em territórios, riquezas e domínio estratégico. Havia quem visse salvação, quem visse perdição, e quem visse apenas oportunidade. Outros Dux Corsarii foram enviados, mas nem todos retornaram. Das primeiras expedições, alguns Dux Corsarii simplesmente desapareceram, tragadas pelo Vastus como se jamais houvessem existido. Outros voltaram meses depois, embora apenas dias houvessem passado para quem as esperava, trazendo tripulações marcadas pela loucura. Pessoas que gritavam sem cessar, outros que arrancavam os próprios olhos dizendo não suportar Visio Post Visio - VPV . Havia ainda aqueles que retornavam mudos, cegos, surdos, imoveis, apenas respirando, mas como cascas vazias, incapazes de reconhecer a si mesmos. Com o tempo, descobriu-se a causa: o Vastus não era apenas um caminho, mas um oceano de distorções quânticas de caminhos aleatórios, um labirinto de ecos alheios e ecos de consciências antigas. Sem alguém capaz de domar essa maré, quase toda travessia era uma roleta cósmica entre o retorno e a perdição. Foi então que surgiram os Navigatore , psíquicos geneticamente alterados, treinados para sentir o fluxo quântico invisível e proteger as Navis Corsarii da tormenta. Com eles, o risco não desapareceu, mas tornou-se suportável. Assim, a travessia do primeiro Fenestra Antiquorum não foi apenas uma viagem espacial. Foi uma travessia cultural, espiritual, filosófica e perigosa. O Imperium Solare jamais seria o mesmo. A cada estrela avistada além do Fenestra Antiquorum , crescia a convicção de que a humanidade havia deixado para trás não apenas sua infância cósmica, mas também a inocência que jamais retornaria. Pois agora, cada salto pelo Vastus lembrava ao homem sua vulnerabilidade: Sem os Navigatore , tudo o que o aguardava era a loucura, o esquecimento eterno ou a morte.
Mundos Além do Vastus O silêncio do espaço foi rompido não pela guerra, mas pelo assombro. Quando as primeiras Navis Corsarii atravessaram o Fenestra Antiquorum , não encontraram o Vastus frio que muitos temiam, mas a vastidão fértil de sistemas nunca antes vistos. Estrelas azuis, vermelhos e dourados iluminavam planetas de atmosferas diversas, muitos deles com sinais claros de habitabilidade. O Imperium Solare celebrou como se tivesse renascido. Para uma humanidade confinada ao seu sistema por milênios, cada novo mundo era um espelho distorcido da Terra: florestas que se estendiam por continentes inteiros, mares cristalinos sem poluição, montanhas de minerais brutos esperando para serem explorados. Alguns Dux Corsarii descreviam suas descobertas em tom quase religioso, como se a travessia fosse um retorno ao Eden Perditus . Mas havia mais que natureza. Logo surgiram os primeiros sinais de que a humanidade não estava só. Ruínas ciclópicas em rochas lunares, padrões geométricos visíveis apenas do espaço, campos de energia latentes que pulsavam como se esperassem por alguém que soubesse ativá-los. As sondas recolheram registros contraditórios: alguns locais pareciam ter sido abandonados há milhões de anos, outros mostravam atividade residual recente, como brasas ocultas sob cinzas antigas. Entre os Dux Corsarii , o entusiasmo dividiu-se com a suspeita. Uns viam territórios virgens prontos para a colonização imediata, outros temiam despertar forças que talvez jamais devessem ser tocadas. Discutia-se em conselhos improvisados se deveriam plantar a bandeira do Imperium Solare em cada mundo ou se a prudência exigia estudo e silêncio. No Senatus Solaris , o debate ecoava mais alto: era este o início de uma nova era de ouro, ou de um risco existencial que poderia consumir a humanidade inteira? As primeiras mensagens vindas do Vastus , eram poéticas e inquietantes, exaltando paisagens de tirar o fôlego mas também insinuando presenças invisíveis. O povo, sedento por esperança, clamava por colônias. Os estudiosos, em contrapartida, alertavam sobre a arrogância de brincar com legados que pertenciam a uma civilização esquecida. E assim, no limiar da esperança e do medo, a humanidade deu seus primeiros passos entre os mundos do Vastus , com os Dux Corsarii à frente, não apenas como exploradores, mas como pioneiros de um destino que ainda não compreendiam por completo.
O Peso da Conquista A expansão inicial havia sido marcada por euforia, mas logo o Imperium Solare descobriu que a vastidão além do Vastus não oferecia apenas glória. Mundos inteiros, intocados por milênios, aguardavam sob olhar atento dos Dux Corsarii . Alguns viam nestes planetas o futuro da humanidade; outros, apenas recursos a serem explorados sem remorso. No Senatus Solaris , acirrados debates ecoavam pelos corredores de mármore e ouro. Uns defendiam a colonização imediata, alegando que o espaço era um direito concedido ao homem pela própria lógica da existência. Outros temiam que a pressa despertasse forças que dormiam sob as ruínas Xenii descobertas em alguns planetas. Estruturas que ainda pulsavam com energia desconhecida levantavam a questão: seriam estas obras apenas ruínas ou guardiões ainda ativos? Entre os próprios Dux Corsarii , surgiram as primeiras divisões. O orgulho de serem os pioneiros da humanidade se chocava com a cobiça e a ambição individual. Relatos secretos apontavam que alguns já haviam ocultado descobertas tecnológicas para uso próprio, desafiando a própria autoridade do Imperator Immortalis . Nos confins dos mundos recém-descobertos, os Dux Corsarii olhavam para o céu noturno, iluminado por duas ou três luas, e se perguntavam se haviam realmente alcançado o triunfo ou se estavam apenas tocando na borda de algo proibido. O Imperium Solare estava dividido: Expandir com pressa e risco, ou avançar com cautela e reverência? A resposta moldaria não apenas o destino dos Dux Corsarii , mas de toda a humanidade.
Sussurros da Ameaça As primeiras décadas após a travessia dos Fenestra Antiquorum dos Antiquii foram marcadas por descobertas e alianças incertas. Porém, o brilho da expansão logo começou a ser sombreado por rumores cada vez mais inquietantes. Os relatórios trazidos pelos Dux Corsarii começaram a conter notas dissonantes, registros que, em sua frieza burocrática, escondiam o peso do desconhecido. Navigatore relatavam sinais não naturais ao longo das rotas entre sistemas recém-descobertos: padrões de energia sem explicação, ruídos persistentes no Vastus subespacial e ecos de transmissões em línguas que nenhuma inteligência artificial conseguia decifrar. A princípio, o Senatus Solaris acreditou que eram resquícios de tecnologia dos Antiquii , mas as anomalias se multiplicavam em regiões distantes umas das outras, sugerindo não ruínas, mas presenças ativas. Um dos relatórios mais perturbadores veio da Dux Corsaria Lucina Varennes. Sua frota havia encontrado uma estrela anã branca orbitada por destroços metálicos dispostos em um padrão que lembrava mais um monumento do que uma catástrofe natural. Não havia corpos, não havia sinais de batalha, apenas a sugestão de que algo ou alguém desejava ser notado. Em suas próprias palavras: “Não sabemos se é um aviso, um memorial ou uma armadilha. Mas sabemos que não é acaso.” Dentro do Imperium Solare , os estudiosos começaram a debater em público aquilo que em privado já era temido: e se os Antiquii não tivessem desaparecido? E se, em vez disso, tivessem apenas se ocultado, aguardando? Cada teoria gerava uma reação: uns defendiam cautela, outros clamavam por acelerar a expansão militar, e alguns pediam que os Fenestra Antiquorum fossem selados novamente. O Senatus Solaris , dividido, mantinha silêncio estratégico, mas no coração dos cidadãos crescia uma sensação difusa de vigilância. Para os Dux Corsarii , no entanto, não havia tempo para debates. Eles navegavam na linha tênue entre pioneiros e sentinelas, e sabiam que cada salto pelo Fenestra Antiquorum podia não apenas abrir novas rotas, mas também despertar ecos adormecidos. O espaço além da fronteira já não era visto apenas como oportunidade: Era também palco de algo maior, uma força que ainda não se mostrava por completo, mas que já deixava sua sombra projetada no futuro da galáxia.
Ecos de Hostilidade O silêncio do espaço sempre foi inquietante, mas naquele ciclo estelar ele trouxe algo mais: A primeira confirmação de que as sombras observadas não eram apenas ecos distantes. Uma Classis Corsaria , liderada pelo Dux Corsarii Alaric Dovarn, retornou de sua missão pelo Fenestra Antiquorum de Cassiopeia com registros que abalaram os alicerces da confiança imperial. Durante sua patrulha em um sistema recém-cartografado, a tripulação detectou sinais de energia concentrada orbitando um gigante gasoso. No início, acreditaram se tratar de outra relíquia dos Antiquii , talvez uma estação de extração ou um farol abandonado. Mas, ao aproximarem-se, descobriram estruturas em funcionamento, com padrões de atividade que não correspondiam a nada conhecido. Antes que pudessem recolher mais dados, foram atacados. A ofensiva foi silenciosa e precisa. Rajadas de energia, invisíveis até impactarem os escudos, partiram de pontos ocultos na órbita inferior. Duas Fragatae Corsariae foram destruídas em instantes, sem que houvesse qualquer transmissão ou tentativa de comunicação. Não havia ultimato, não havia identidade. Apenas hostilidade. A esquadra conseguiu recuar, mas não sem perdas e cicatrizes que ecoariam em todo o Imperium Solare . O relatório oficial descreveu o inimigo apenas como “presenças não identificadas, hostis e tecnologicamente avançadas”. Contudo, nos corredores secretos do Senatus Solaris e entre os Dux Corsarii sobreviventes, a narrativa ganhou outro tom. As armas lembravam padrões energéticos atribuídos aos Antiquii , mas operadas de modo agressivo, deliberado. Se fossem realmente fragmentos dos criadores dos Fenestra Antiquorum , significaria que não estavam desaparecidos, estavam observando, e agora, reagindo. O impacto cultural foi imediato. Para muitos, a expansão deixou de ser epopeia gloriosa e passou a ser risco existencial. Colônias recém-estabelecidas exigiam proteção, famílias choravam pelos mortos trazidos de volta em cápsulas seladas, e os Dux Corsarii começaram a ser vistos não mais como pioneiros destemidos, mas como batedores de guerra, carregando o fardo de abrir caminhos que talvez jamais devessem ser abertos.
O Imperium Solare não recuaria. A ameaça emergente, que antes era apenas um sussurro nas margens do Vastus , agora ecoava dentro do coração do Imperium Solare . Os primeiros sinais de incursões hostis começaram a se tornar inegáveis: Navis Corsarii desaparecidas, colônias mudas, e rastros de destruição em planetas recém-cartografados. O Senatus Solaris reuniu-se sob o olhar silencioso do Imperator Immortalis . Ainda que não falasse, sua simples presença era tomada como decreto. Os Cardinales Scientiarum e os Admirales Armatae discutiam se a expansão deveria cessar ou se era preciso confrontar o perigo além do Fenestra Antiquorum . Dux Corsarii veteranos receberam novos Mandatum Dux Corsarii , ampliando seus direitos de conquista e exploração. Paladinus foram destacados em maior número para acompanhar as frotas de exploração. Os Navigatore Velicus passaram a ser guardados com ainda mais zelo, protegidos como joias vivas, pois sem eles, não haveria caminho. Enquanto isso, rumores cresciam entre o povo. Diziam que os Fenestra Antiquorum começavam a reagir ao fluxo constante de Navis Corsarii humanas, como se estivessem despertando de um sono milenar. Outros acreditavam que aquilo era apenas o prelúdio de algo maior: O olhar dos Antiquii , voltando-se mais uma vez para a galáxia que haviam moldado.
Primus Cruciata Stellaris O Senatus Solaris tremia em debates acalorados. Alguns diziam que o Imperium Solare não podia mais esperar, que era hora de levar a luz do Imperator Immortalis além dos Fenestra Antiquorum , antes que outras raças ameaçassem sua soberania. Outros, mais cautelosos, lembravam que cada avanço até agora fora custoso, e que a humanidade ainda compreendia pouco sobre os Antiquii e seus mecanismos. No entanto, a decisão já estava selada. O Imperator Immortalis , ainda que silencioso em seu trono dourado, apontara com sua mão direita erguida para o horizonte durante uma cerimônia pública. Para muitos, esse gesto era uma ordem divina. Para outros, um presságio. Mas ninguém ousou contestar. O Senatus Solaris declarou o início da Primus Cruciata Stellaris . A frota foi reunida no Cinturão de Marte, onde estaleiros orbitais, forjados em NanoVarium, trabalharam sem descanso para equipar Navis Corsarii de guerra, cargueiros e escoltas. Os Dux Corsarii foram convocados e receberam reforços inéditos: Paladinus geneticamente aprimorados e companhias de Navigatore psíquicos, preparados para enfrentar as correntes do Vastus . No interior da Domus Caelorum , Presbyteri e Cardinales celebravam missas intermináveis, pedindo ao Imperator Immortalis que guiasse cada Navis Corsarii , cada salto, cada batalha. O Latim Imperial ecoava nos alto-falantes, transformando os corredores metálicos em templos suspensos no Vastus . A população reagia de formas distintas. Milhões celebravam nas ruas das cidades coloniais, erguendo bandeiras douradas com o símbolo solar do Imperator Immortalis . Para eles, a cruzada era o cumprimento de um destino cósmico. Outros, porém, murmuravam com temor: “Não estamos desafiando os deuses Antiquii ”? E se o que habita além dos Fenestra Antiquorum não puder ser vencido pela lâmina nem pelo espírito?” Quando o dia da partida chegou, o espetáculo foi transmitido para todo o Imperium Solare . Várias Navis Corsarii , alinhadas em formação solene, aguardavam a abertura do Fenestra Antiquorum . Os Navigatore Velicus , em profunda concentração, guiaram o primeiro salto. As luzes do Vastus envolveram a frota como uma aurora viva. Assim começou a Primus Cruciata Stellaris : Não apenas uma campanha militar, mas um juramento da humanidade diante do cosmos, de que jamais se curvaria, jamais recuaria, e jamais aceitaria limites impostos por mãos antigas ou desconhecidas.
Vastus O Vastus é antigo como o próprio tempo, uma camada etérea que separa o que se vê do que jamais deveria ser tocado. Invisível aos olhos comuns, é perceptível apenas àqueles cujo espírito ou mente se encontra além do humano: magos que dobram os atalhos da realidade, psíquicos que carregam seu peso como um fardo constante, e até mesmo deuses que moldam suas correntes para conter horrores ancestrais. Forçar a passagem através do Vastus é jogar-se contra o desconhecido. Muitos partiram em busca de segredos além da matéria, e poucos retornaram. Os que o fizeram nunca mais foram os mesmos. Há ecos do que viram, sombras do que sentiram, sussurros que corroem a mente e dobram a percepção. E ainda assim, a humanidade observa, tenta compreender, busca atravessar. Pois no Vastus repousa o poder, e com ele, o destino do Imperium Solare e de toda vida na galáxia.
Magia, Psionismo e Milagres No Vastus , três grandes fontes de poder moldam a história das civilizações e determinam o equilíbrio entre vida e destruição. Psionismo é exclusivo dos humanos. Não é magia, mas a expressão da mente sobre o próprio tecido do espaço-tempo. Através dele, pensam, moldam e, por vezes, desafiam as leis físicas conhecidas. Os psíquicos do Imperium Solare são raros, e cada um é uma chama que ilumina ou queima, dependendo da disciplina e da vontade de seu portador. Magia é o domínio dos " Elfii ", que canalizam fluxos arcanos naturais, invisíveis aos olhos humanos. Outras raças, como Orcs e Dragonborn, só acessam esses poderes através de rituais laboriosos, exigindo sangue, tempo e conhecimento ancestral. Nanii , embora raramente utilizem a magia tradicional, dominam runas que armazenam poder, como se inscrevessem em metal e pedra a própria essência do Vastus . Diminianii e Gnomanii , criativos e cautelosos, preferem magias sutis, de ilusão e manipulação do mundo ao redor. Inferus , filhos de mundos infernais, mesclam rituais obscuros e pactos proibidos, tocando forças que a maioria teme invocar. Milagres, por fim, são dons divinos. Podem ser acessíveis a qualquer raça, mas sua ocorrência é rara, e sempre limitada à vontade dos deuses que observam e moldam o cosmos. Quando surgem, reverberam como trovões silenciosos, lembrando aos mortais que há poderes além do alcance do entendimento e da técnica. No Vastus , cada ato de psionismo, magia ou milagre deixa marcas invisíveis. E aqueles que se aventuram demais podem jamais retornar iguais - ou retornar apenas como sombra de si mesmos.
Protegidos do Imperator Immortalis Sob o olhar do Imperator Immortalis , existem indivíduos e ordens que mantêm a engrenagem da civilização funcionando ou garantem que ela não se desfaça em caos. Cada um deles carrega autoridade, poder e responsabilidade, respondendo apenas ao Imperium Solare ou às leis secretas que somente poucos compreendem. Dux Corsarii : Título concedido pelo Imperator Immortalis a certos comandantes de Navis Corsarii independentes, os Dux Corsarii movem-se entre a glória e a pirataria. Comandando vastos territórios conquistados por suas próprias armas, eles exercem soberania de fato onde a mão do Imperium Solare mal alcança. Respondiam apenas ao Imperium Solare ou ao lucro, uma linha tênue que separa honra de ganância. Inquisitor : Agente supremo da autoridade, juiz e carrasco do Imperium Solare . O Inquisitor erradica heresias, mutações, inteligências artificiais rebeldes e cultos Xenii , e onde passa, mundos tremem. Sua missão é absoluta; seu Mandatum é quase ilimitado. O Imperium Solare é sua única resposta, e a morte, seu instrumento de justiça. Vidua Carmesina : Assassinas sagradas e agentes do Cultus Tramae Carmesin , seita exclusivamente feminina que manipula os fios do destino. Onde outros veem caos, elas enxergam padrões e momentos cruciais. Cortam, puxam ou entrelaçam fios com precisão ritualística, garantindo que o equilíbrio secreto permaneça intacto. Navigatore : Psíquicos raríssimos que percebem o Vastus , região interdimensional caótica que conecta Fenestra Antiquorum estelares. Sem eles, qualquer tentativa de travessia além do conhecido seria condenada ao fracasso ou à loucura. Guiam Navis Corsarii com segurança, enfrentando distorções, monstros e dilúvios de insanidade que dominam o espaço entre sistemas. Paladinus : Humanos geneticamente transformados para combate absoluto. Altos, fortes, de mente fria e disciplina inflexível, poucos sobrevivem ao processo. Revestidos com armaduras hermeticamente seladas, são tanto símbolos de poder quanto instrumentos de destruição, capazes de atuar em qualquer ambiente hostil. Cognitor : Arquitetos do impossível, tecnointelectuais que operam rituais lógicos e moldam decisões que afetam mundos inteiros. Parte humanos, parte máquina, conectados à rede imperial, interpretam padrões cósmicos e manipulam sistemas que poucos compreendem. Alguns habitam câmaras do Conselho Estelar, outros, as profundezas das Navis Corsarii , mestres das inteligências artificiais consagradas. Clericus : Treinados desde jovens em ritos de guerra, penitência e disciplina espiritual. Armaduras cerimoniais ocultam corpos forjados pela dor e devoção, e suas armas carregam bênçãos inscritas em plasma sagrado. Jurando lealdade direta ao Imperator Immortalis , marcham entoando cânticos que inspiram aliados e aterrorizam inimigos. Vozes da doutrina, mãos do castigo.
NanoVarium O NanoVarium é a maior conquista da engenharia humana. Uma liga que desafia a própria compreensão do mundo material, adaptável em nível quântico, capaz de reorganizar sua estrutura sob comando psíquico ou mecânico. Com ele, humanos ergueram Navis Corsarii que cruzam os confins do Vastus , construíram implantes neurológicos que ampliam a mente e moldaram tecnologias que nenhum outro ser conhecido poderia conceber. Nenhuma outra espécie conseguiu replicar o NanoVarium em sua forma pura, e seu segredo é guardado com a vigilância do Imperium Solare . NanoVitae : A Vida Invisível “Você não vive com eles. Você vive por causa deles.” Os NanoVitae (Nano Vitae Semi Organici) , são a base invisível, mas essencial, da vida moderna. Eles permeiam tudo: sua Navis Corsarii , seu corpo, cada tecnologia que você toca. Construídos com variantes do NanoVarium , adaptam-se, regeneram-se e modulam suas propriedades conforme a necessidade, tornando o impossível cotidiano. Dentro da Navis Corsarii , mantêm-na viva, funcional e auto-regenerativa. Pequenos danos desaparecem sozinhos, como se a embarcação tivesse um sistema imunológico próprio. Nas impressoras de alimentos, combinam nutrientes reais com replicação física para criar refeições completas e saborosas, perfeitamente equilibradas. Dentro do corpo humano, formam uma rede de suporte biotecnológico. Cicatrização acelerada, funções vitais otimizadas, desempenho máximo garantido. O descanso não é apenas biológico: é assistido. A cada noite, milhões de NanoVitae trabalham silenciosamente, reparando tecidos, eliminando toxinas e ajustando o organismo. Não são magia, não desafiam leis físicas por vontade própria. Precisam de tempo e energia, e existem limites. Ainda assim, cada humano que vive com eles sente sua presença em cada gesto, cada respiração, cada movimento. Quer curar algo mais rápido? Os NanoVitae ajudam. Quer comida personalizada com nutrientes exatos? Eles fazem. Quer entender como algo tão minúsculo sustenta uma civilização inteira? Bem-vindo ao universo moldado pelo NanoVarium .
Nucleus Aeternum No coração da Navis Corsarii , pulsa algo mais antigo que o tempo: O Nucleus Aeternum . Um buraco negro artificial, domesticado, contido e reverenciado. O motor Mshiha . A chama que não consome, o vazio que move mundos. Criado a partir da condensação controlada de energia e mantido em confinamento quântico, o Nucleus Aeternum é o ápice da engenharia humana. Seu horizonte de eventos é menor que um grão de areia, mas seu poder rivaliza o de uma estrela. Cada fragmento de matéria lançado em sua garganta, seja lixo, dejetos ou resíduos, é decomposto até o último quark. Nada resta. Nem cheiro, nem cinza, nem arrependimento. Em troca, ele exala pura radiação Mshiha : um sopro de energia que alimenta cada sistema da nave, impulsiona os propulsores e mantém os NanoVitae em eterna sincronia. A conversão é total, absoluta, quase divina. Cento e cinquenta quilos de matéria por dia tornam-se luz, movimento e vida. Acelerando suavemente a 3 m/s², o Nucleus Aeternum leva a Navis Corsarii por entre planetas como quem atravessa um sonho, quando a necessidade exige, pode rugir com fúria, elevando a aceleração até 10 m/s² rasgando a escuridão ao redor. Os Custodes Aeterni , dizem que o Nucleus Aeternum não é um motor, mas um ser. Um ponto de verdade, uma singularidade que ouve e responde. Que sente a fome, o cansaço da tripulação, o pulso da guerra. O confinamento é perfeito apenas enquanto o respeito for mantido. Pois se a fome do Nucleus Aeternum for negligenciada, ou sua radiação contida além do limite, o vazio se lembrará do que é: destruição pura, indiferente e total.
Motor Mshiha Tipo IV Denominação Tradicional: Nucleus Aeternum Sigla Técnica: NAC-M4 ( Nucleus Aeternum Core – Model 4) Status Operacional: Ativo Descrição Física Tipo de singularidade: Buraco negro artificial estável Confinamento: Matriz de contenção quântica tripla, estabilizada por campo magnético inverso e anel de NanoVarium maleável. Temperatura média da radiação Mshiha : 1.7Peta K (convertida e canalizada via Radiotubo Mshiha ). Núcleo de suporte: Câmara gravitacional revestida com NanoVitae . Reator secundário: Conversor fotônico-plasmático (90% eficiência térmica). Controle e Supervisão Interface primária: Núcleo de comando NanoVitae-Aeternum , semi-autônomo. Comunicação: Canal neurodigital via sub-rede psiónica da nave (Custodes-Link). Sinal de ressonância: 11.22 Hz (sincronização vital da nave). Protocolos de Segurança Ciclo de Alimentação: Inserir matéria sólida ou orgânica triturada no Camera Alimentaria . Quantidade máxima por ciclo: 10 kg/minuto. Excesso de alimentação pode causar flare gravitacional. Campo de Contenção: Deve permanecer acima de 98% de integridade. Abaixo disso, ocorre vibração quântica (perceptível como zumbido de baixa frequência). A 95%, inicia-se protocolo Ex Umbra Secundus (retração automática do anel). Falha Crítica: Se a contenção atingir 92% ou menos, o Nucleus Aeternum entra em Mode-Dormiens e consome todos os sistemas não vitais. Abaixo de 90%, inicia-se o Protocolum Terminus : ejeção gravitacional de emergência (irreversível). Contato Psíquico: Os Custodes Aeterni são autorizados a manter comunicação simbiótica direta. Outros tripulantes devem evitar interação prolongada, risco de Vertigo Mshiha (dissonância perceptiva). Rotina de Manutenção Verificação de confinamento: a cada 12 horas. Calibração do campo quântico: semanal, supervisionada por IA de engenharia. Reinício simbiótico: mensal, conduzido pelo Arcanum Custode com cântico de sincronização.
Gravidade das Navis Corsarii A gravidade dentro das Navis Corsarii não é mais um mistério, mas ainda assim impressiona quem observa. Ela é gerada principalmente por campos inerciais de gravidade diamagnética, ondulações sutis que simulam o peso e o equilíbrio de 8m/s², mantendo a tripulação firme no chão mesmo quando a vastidão do Vastus se estende lá fora. Algumas Navis Corsarii , raras e antigas, ainda recorrem à gravidade por rotação, um método primitivo mas confiável, onde o giro constante cria força centrífuga suficiente para que corpos e objetos se mantenham onde deveriam. Para os humanos do Imperium Solare , caminhar por esses corredores é rotina. Mas para os que viajam pela primeira vez, cada passo é um lembrete do engenho que tornou o impossível, cotidiano. Pois mesmo no silêncio do espaço, a gravidade está lá, firme, constante… Uma lei da física que lembra que, por mais longe que se vá, a matéria não pode fugir de si mesma.
Circulus Vitalis A vida a bordo de uma Navis Corsarii segue um ritmo próprio, distinto das antigas rotinas planetárias. O tempo, reorganizado para eficiência e bem-estar, divide-se em três períodos fundamentais: Somnus, Lsor e Labor. Cada fase é sagrada e estruturada para manter a tripulação saudável, alerta e apta a ū enfrentar os desafios do Vastus . Somnus O período de Somnus é dedicado ao descanso físico e mental. Em cabines privadas, os tripulantes são envolvidos por campos de gravidade regulada, climatização otimizada e sons suaves produzidos por nódulos NanoVitae. O sono não é apenas reparador; é assistido. Os NanoVitae monitoram sinais vitais, aceleram a regeneração celular e mantêm a Navis Corsarii em operação mínima, garantindo que nenhum dano passe despercebido durante a quietude. Durante Somnus, o corpo e a mente se alinham, preparando cada tripulante para o dia que virá, seja ele de exploração, combate ou comércio. Lsor ū Entre descanso e trabalho, surge o Lsor, o tempo do lazer e do reequilíbrio mental. Não se trata de ū mera ociosidade: jogos estratégicos, simulações de realidade através do Umbra Tecnalis , conversas sociais, meditação ou treinamento de habilidades cognitivas ocupam a tripulação. Aqui, a mente é aguçada, a camaradagem reforçada, e o espírito recarregado. No Lsor, cada tripulante encontra a ū oportunidade de se conectar consigo mesmo, com os outros e com o espaço que habitam, lembrando que a vida em um mundo sem gravidade constante é tão exigente quanto os desafios que esperam além dos Fenestra Antiquorum . Labor Finalmente, o Labor domina a última fase do ciclo, quando a tripulação se concentra nas tarefas essenciais da Navis Corsarii : manutenção, exploração, comércio, estudo de planetas, contato com espécies desconhecidas e, quando necessário, combate. Cada ação é coordenada com precisão, desde ajustes nos campos inerciais até experimentos científicos, sempre utilizando NanoVarium, NanoVitae e tecnologias avançadas. Labor é a concretização da razão de ser de uma Navis Corsarii, transformar recursos, conhecimento e coragem em poder, influência e sobrevivência. Este ciclo tripartido não é apenas uma convenção: é uma filosofia, uma disciplina que equilibra corpo, mente e missão. Somnus renova, Lsor inspira e Labor cria. Sem respeito a esse ritmo, até o mais ū experiente Dux Corsarii corre o risco de perder sua tripulação para a fadiga, a insanidade ou o descompasso com as exigências do Vastus .
Venter Navis O Venter Navis é o centro vital de acoplamento e docagem das Navis Corsarii e demais naves do Império Solar. Localizado na parte inferior ou central das estruturas maiores, o Venter é tanto um porto quanto um útero tecnológico — um espaço de nascimento e renascimento das máquinas do Império. Estrutura e Função O Venter Navis é formado por uma matriz de NanoVarium , moldável e autorreparável, capaz de expandir e contrair conforme o tamanho e forma das naves visitantes. Campos diamagnéticos estabilizam o atracamento, dispensando travas físicas, e regulam pressão e temperatura instantaneamente. Durante o processo de docagem, a nave visitante é envolvida por uma Atmosfera de Transição — uma camada de gás ionizado que atua como antisséptico molecular e adaptador de pressão. NanoVitae circulam entre os painéis, reparando microdanos e reconfigurando conexões de energia e dados. Os corredores internos do Venter são largos, curvos, banhados em luz âmbar e sons harmônicos de baixa frequência — um ressoar contínuo que acalma o corpo e a mente, reduzindo o estresse dos viajantes após longas travessias pelo Velicus. Protocolo de Docagem O ritual de docagem segue três fases sagradas: Vocatio – A nave visitante envia um código de aproximação e recebe permissão do Cognitor Mechanum da nave-mãe. Coniunctio – Os campos gravitacionais se alinham; o Venter “respira”, expandindo-se como um pulmão vivo, e o espaço entre as naves desaparece. Benedictio – A IA litúrgica entoa o Canto do Acolhimento, traduzido em mil línguas, abençoando a entrada de energia, matéria e alma. Aspecto Doutrinário Dentro da teologia mecanum , o Venter Navis é visto como a Matriz do Retorno: o local onde as máquinas se unem e compartilham seus fluxos vitais. Nenhum Corsário ousa cuspir no chão do Venter Navis , e toda entrada é precedida por uma breve saudação: Mater Navis, accipe me. Notas de Segurança Nunca ativar propulsores principais durante o ciclo de Coniunctio . Desligar armamentos automáticos ao cruzar o campo magnético de entrada. Em caso de falha na estabilização, a nave-mãe tem prioridade sobre o visitante — o intruso é repelido ou dissolvido. O Venter Navis é, portanto, o início e o fim de toda travessia — o ventre de metal e alma onde o Império respira.
*Sobre o Mandatum Dux Corsarii* No coração do Imperium Solare , entre os corredores de ouro e mármore do Senatus Solaris , repousa um pergaminho que não é apenas papel, mas a própria extensão da vontade do Imperator Immortalis . Chamam-no de " Mandatum Dux Corsarii — e quem o possui carrega mais do que autoridade: carrega liberdade e dever em proporções iguais, como se navegasse entre estrelas e leis ao mesmo tempo. O Dux Corsarii não é soldado do Imperium Solare , nem sujeito às hierarquias da Marinha Imperial. Ele é algo diferente: um senhor do espaço limítrofe, comandante de uma frota que combina diplomacia, comércio e poder de fogo, uma marinha independente e versátil, capaz de agir onde o Imperium Solare não ousa enviar seus navios de guerra. Seu Mandatum Dux Corsarii garante isso. O documento concede ao Dux Corsarii o direito de fundar dinastias, de criar Casas que perpetuem seu nome e suas conquistas. Ele pode atravessar sistemas sem pedir permissão, abrir diálogo ou guerra com civilizações desconhecidas, estabelecer colônias humanas e gerir recursos conquistados, tudo em nome do Imperator Immortalis , mas sob sua própria bandeira. A tripulação de um Dux Corsarii não veste farda imperial, mas compartilha disciplina e lealdade como se fosse parte de uma frota militar. São comerciantes, exploradores, engenheiros, mercenários e diplomatas, reunidos em uma Navis Corsarii que é cidade, fortaleza e laboratório, pronta para navegar pelos Fenestra Antiquorum estelares dos Antiquii ou enfrentar piratas, monstros e perigos desconhecidos. Mesmo com essa autonomia, há limites. O Mandatum Dux Corsarii determina respeito aos tratados com o Adeptus Mechanicus, define que nenhuma autoridade militar regular pode impor ordens ao Dux Corsarii sem consentimento, e lembra constantemente que o poder concedido pelo Mandatum Dux Corsarii não é absoluto — é extensão da vontade do Imperator Immortalis . Entre os tripulantes e nos salões das Navis Corsarii , o Mandatum Dux Corsarii é lido e relido, não como um contrato, mas como promessa sagrada. Ele une a frota improvável sob um código invisível: agir com astúcia, proteger o Imperium Solare , expandir suas fronteiras e, acima de tudo, manter a voz do Imperator Immortalis viva em cada estrela que cruzam. Para aqueles que compreendem seu significado, o Mandatum Dux Corsarii é mais que papel ou tinta. É o símbolo de liberdade militarizada, comércio e diplomacia combinados, a essência de uma nova ordem espacial, onde homens e mulheres comuns podem, sob uma assinatura imperial, tornar-se lenda entre as estrelas.
*Mandatum Dux Corsarii* Em nome do Imperator Immortalis e do Senatus Solaris , outorgamos ao Dux Corsarii [Nome da Dinastia] a liberdade e o direito de ir além dos limites conhecidos. Que explore, conquiste, negocie e traga de volta riquezas, sabedoria e glória. Seu julgamento será a lei em terras distantes; Sua espada, a ordem; Sua palavra, o reflexo da autoridade imperial. I. Fundar uma Dinastia: Dux Corsarii tem o direito hereditário de fundar uma Casa, transmitindo o título, os privilégios e a rede logística à geração seguinte, perpetuando a linha e fortalecendo o Imperium Solare . II. Liberdade de Movimentação: Circulação total dentro do Espaço Imperial (implicando aviso prévio às autoridades competentes). Livre travessia dos Fenestra Antiquorum e limites imperiais. O Dux Corsarii é a voz do Imperator Immortalis além das Fronteiras do Imperium Solare . Com o auxílio de um Navigatore , possui autorização para navegar através dos Fenestra Antiquorum dos Antiquii . III. Contatos com "Xeni" e Civilizações Proibidas: Se forem perigosas: Devem ser eliminadas ou reportadas imediatamente. Se hostis: Pode agir militarmente. Se indefinidas: Pode estabelecer diálogo para avaliação. Se não representarem ameaça: Comércio autorizado. IV. Colonização e Exploração: Autoridade para colonizar sistemas fora do controle imperial. Fundar colônias humanas e governar. Coletar e repassar um dizimo dos recursos coletados para o Imperium Solare . V. Autoridade Limitada: Obrigação de respeitar os dogmas e tratados do Imperium Solare . Não possui autoridade hierárquica sobre as Forças Armadas Imperial, a menos que dada pelo comandante dessas entidades ou pelo Imperium Solare .
*Novo Testamento por Yeshua Mshiha* No alvorecer da existência, antes que houvesse tempo, matéria ou forma, existia apenas o Vastus silencioso. Nesse abismo além da compreensão mortal, um único ser despertou: o Grande Criador, o Primordial. Ele não veio de lugar algum, pois sempre foi. Ele era o primeiro e o único, portador do fogo invisível, a faísca original da criação. O Grande Criador, não era conhecido nem pelos astros, pois não havia astros. Ele existia em mistério absoluto, envolto em sua própria vastidão insondável. Sem forma definida, sua essência permeava o Vastus , preenchendo-o com uma intenção silenciosa. Ele era o início de tudo o que viria a ser, mas para ele, a criação era um fardo distante. Não por desdém, mas porque a ordem do cosmos e as vidas que nele floresceriam eram apenas fragmentos de sua vontade, reflexos pálidos de algo maior, algo eterno. Ao perceber que o universo deveria existir, não por desejo próprio, mas por uma necessidade maior, Grande Criador teceu as primeiras fibras da realidade. Das profundezas de seu ser, ele exalou a Canção do Início, uma melodia tão poderosa que se fragmentou em incontáveis ressonâncias, dando origem às estrelas, aos mundos e às leis que regem o cosmos. Porém, Grande Criador logo se afastou da obra que criara. Sua essência era tão vasta, tão imensa, que descer para os reinos do concreto e do material seria uma limitação inconcebível. Foi então que, com sua infinita sabedoria, o Grande Criador moldou os Deuses Maiores que serviriam como seus regentes e governantes do universo. Esses seres, forjados a partir dos ecos de sua própria essência, eram diferentes do Criador; eles tinham faces, formas e pensamentos individuais. E, com isso, também carregavam a responsabilidade de guiar e proteger a criação que havia nascido da Canção. Os Deuses Maiores herdaram o poder, a sabedoria e a responsabilidade de manter o equilíbrio do cosmos, mas nunca puderam igualar a vastidão do Primordial. Além dos Deuses Maiores, o Grande Criador também criou os Deuses Menores, espíritos menores que serviriam aos Deuses Maiores e auxiliariam na manutenção do universo. Os Deuses Menores eram a personificação da força e da energia que permeavam a criação, cada um deles ligado a aspectos específicos da natureza e da realidade. Eles eram os fiéis executores da vontade dos Deuses Maiores, viajando entre os mundos, manipulando os elementos e guiando as vidas que se desenvolviam sob os cuidados das divindades maiores. Os Deuses Menores eram eternos em sua essência, mas sua forma e função podiam mudar conforme as necessidades do cosmos. Entre eles, havia aqueles que se tornaram guardiões das florestas, protetores das águas e mensageiros do vento, cada um desempenhando um papel vital na tapeçaria da criação. O Grande Criador retirou-se para além do Vastus do tempo, para um reino inacessível até mesmo aos Deuses Maiores. Ele observa, como uma presença invisível, sempre além da compreensão, mas nunca interferindo diretamente. Para ele, as batalhas dos deuses, os anseios das criaturas mortais e as disputas dos reinos materiais são como ecos distantes, pequenos reflexos do grande equilíbrio que ele permitiu existir, mas que agora está nas mãos dos outros. Em seus raros momentos de contato com a criação, o Grande Criador fala através de sussurros nas estrelas, sonhos impossíveis e visões do infinito, tocando apenas as almas mais sábias e os seres mais antigos. Porém, essas manifestações são sutis, quase imperceptíveis, pois o Primordial não se importa com o que é efêmero. Ele criou o universo para existir por si, para ser governado por suas próprias leis e forças, sem a necessidade de sua intervenção constante.
Deus Magnus (Deus = Deus, Magnus = Maior) Iustor Dominus (Iustor = Justo, Dominus = Senhor) Significado: Senhor da Justiça. Descrição: Criador dos humanos, Iustor Dominus é o deus que personifica a busca pela verdade, justiça e equilíbrio moral. Dii Minores (Dii = Deuses, Minores = Menores) Veritas Luminis (Veritas = Verdade, Luminis = Luz) Significado: A Luz da Verdade. Descrição: Deus da revelação, Veritas Luminis ilumina os corações e mentes, guiando os humanos na busca pela verdade e sabedoria. Concordia Unita (Concordia = Harmonia, Unita = Unidade) Significado: A Harmonia da Unidade. Descrição: Deusa das alianças e relacionamentos, Concordia Unita promove a paz e a harmonia entre os povos, unindo-os em torno de objetivos comuns. Fortis Vigor (Fortis = Forte, Vigor = Força) Significado: A Força Forte. Descrição: Deus da coragem e da bravura, Fortis Vigor inspira os humanos a enfrentarem desafios e superarem adversidades com determinação. Aeternus Sapientia (Aeternus = Eterno, Sapientia = Sabedoria) Significado: A Sabedoria Eterna. Descrição: Deus da sabedoria e do conhecimento, Aeternus Sapientia é adorado por aqueles que buscam aprender e entender o mundo ao seu redor. Amoris Nobilis (Amoris = Amor, Nobilis = Nobre) Significado: O Amor Nobre. Descrição: Deusa do amor e da compaixão, Amoris Nobilis inspira os humanos a amarem incondicionalmente e a praticarem a bondade.
Laboris Magnus (Laboris = Trabalho, Magnus = Grande) Significado: O Grande Trabalho. Descrição: Deus do trabalho e da diligência, Laboris Magnus motiva os humanos a se esforçarem em suas ocupações e a buscarem a excelência. Caelestis Custos (Caelestis = Celestial, Custos = Guardião) Significado: O Guardião Celestial. Descrição: Deus da proteção e da segurança, Caelestis Custos vigia os humanos, oferecendo- lhes abrigo contra o mal e a adversidade. Tempus Moderatus (Tempus = Tempo, Moderatus = Moderado) Significado: O Tempo Moderado. Descrição: Deus do tempo e das estações, Tempus Moderatus ensina os humanos a respeitarem o fluxo da vida e a saborearem cada momento. Virtus Spiritus (Virtus = Virtude, Spiritus = Espírito) Significado: O Espírito da Virtude. Descrição: Deus das virtudes e da moralidade, Virtus Spiritus guia os humanos em suas escolhas éticas e na busca por um comportamento justo. Nova Vita (Nova = Nova, Vita = Vida) Significado: A Nova Vida. Descrição: Deusa da renovação e dos recomeços, Nova Vita oferece esperança e oportunidades para aqueles que buscam mudar suas vidas. Pax Serenitas (Pax = Paz, Serenitas = Serenidade) Significado: A Paz Serena. Descrição: Deusa da paz e da tranquilidade, Pax Serenitas promove a calma e o entendimento entre os humanos, evitando conflitos e guerras. Explorator Novus (Explorator = Explorador, Novus = Novo) Significado: O Explorador Novo. Descrição: Deus da exploração e da aventura, Explorator Novus incentiva os humanos a desbravarem novos caminhos e a buscarem o desconhecido. Justitia Aequa (Justitia = Justiça, Aequa = Equidade) Significado: A Justiça Equitativa.
Descrição: Deusa da justiça e da equidade, Justitia Aequa defende os direitos dos oprimidos e busca restaurar o equilíbrio nas relações humanas. Sensus Harmonia (Sensus = Sentido, Harmonia = Harmonia) Significado: O Sentido da Harmonia. Descrição: Deus da música e da arte, Sensus Harmonia inspira os humanos a expressarem suas emoções através da criatividade e da beleza. Fides Veritas (Fides = Fé, Veritas = Verdade) Significado: A Fé na Verdade. Descrição: Deus da fé e da esperança, Fides Veritas encoraja os humanos a acreditarem em um futuro melhor e a confiarem em suas convicções. Messor Vitalis (Messor = Ceifador, Vitalis = Vida) Significado: O Ceifador da Vida, nominado pelos seres vivos de Mortem – O Velho. Descrição: Messor Vitalis é o deus maior que preside sobre o ciclo da morte em todo o universo. Seja uma folha que cai, um animal que perece ou um rei que exala seu último suspiro, tudo passa por sua supervisão silenciosa. Ele não julga nem condena; apenas acolhe o que inevitavelmente chega ao fim. Representa a inevitabilidade e a continuidade da existência através do término, preservando a ordem entre vida e morte. Reverenciado tanto com temor quanto com respeito, Messor Vitalis é a ponte entre o que foi e o que ainda poderá ser.
Citações: “Eis que a realidade não nos pertence, mas dela roubamos fagulhas. A cada lei desvelada, um deus morre, e outro nasce. Mas resta a pergunta: Quem escreveu a primeira lei?” — "Pontifex Imperialis" Archim Di Vara “Além do limiar visível, existem caminhos que o olho não alcança e a mente teme imaginar. Cada Fenestra Antiquorum aberto é um pacto silencioso entre coragem e loucura, e nem todos os que atravessam voltam para contar.” — "Episcopus" Caelix Veranus “Heróis são feitos não apenas por suas ações, mas pelo eco que suas lendas imprimem na mente dos homens. O poder de inspirar é tão letal quanto a lâmina mais afiada.” — "Pontifex Imperialis" Valerix Donatus “Não olhe apenas para o que brilha diante de seus olhos, é no escuro do ”Vastus” que os verdadeiros segredos sussurram e testam a coragem dos que ousam atravessar.” — “Navigatore” Tiberius Caelestis “Não há conquista verdadeira quando o conquistador se torna escravo de sua ambição. A fronteira não é apenas um espaço físico, mas também moral. Onde cruzamos, deixamos marcas. Que estas não sejam de sangue e arrogância, mas de sabedoria e permanência.” — "Episcopus" Marcus Aurelian “Conquistar é erguer-se sobre o suor e o sangue dos próprios limites, cada vitória carrega o peso silencioso daqueles que ficaram para trás.” — “Vidua Carmesina” Gaia Septimiana “É fácil estender a mão para o desconhecido quando ele sorri de volta. Difícil é manter a mão firme quando a sombra do punhal se insinua atrás do sorriso.” — "Senator" Aurelius Varros “Não temo o desconhecido. Temo a lembrança que ele carrega. Pois o Vastus não guarda apenas segredos, ele devolve perguntas que nunca deveríamos ter feito.” — “Eruditus” Talvianus Farux “Não enfrentamos ruínas. Enfrentamos vigias. E vigias não atacam por acaso, atacam quando julgam que algo deve permanecer intocado.” Dux Corsarii Victum Arlequino
“Não enfrentamos apenas inimigos de carne e metal, mas sim ecos de uma vontade antiga.” Dux Corsarii Aurelius Varro “Não se avança apenas com armas; é o medo que se conquista primeiro, e o universo inteiro observa quem ousa marchar.” — “Cardinalis” Marcellus Vortigern “Quando o ferro encontra o coração, nasce não só a vitória, mas a memória eterna de quem ousou derramar o primeiro sangue.” — “Paladinus” Quintillus Dravon “O Vastus não pertence a ninguém até que alguém o defenda com sangue e aço.” — “Paladinus” Hyriom Valdecus “Não é apenas o Vastus que devemos conquistar, mas a prudência. A arrogância custará vidas que nem imaginamos perder.” — "Senatrix" Calvina Drace “Quando olhamos para o Vastus , devemos lembrar que não somos os primeiros, nem seremos os últimos. E talvez nem sejamos os mais fortes.” Dux Corsarii Tyranus Vos “É fácil estender a mão no Vastus . Difícil é saber se quem a segura pretende apertá-la... ou arrancá-la.” — "Poeta" Elianus Caedros “Confiança é fraqueza. Aquele que confia no Vastus já selou sua morte.” Inquisitor Aurelianus Vex “Não foi uma guerra, foi uma lição. No Vastus , só os fortes podem escrever história. E nós escrevemos com sangue.” — Valerius Cain “Se o Vastus foi legado dos Antiquii , então fomos escolhidos para herdá-lo. Não por bondade, mas por força. E a força é a única verdade que o universo respeita.” — Tiberius Sol
“O perigo não está no inimigo além do Vastus , mas no irmão ao meu lado que já não enxerga mais queimar a mesma chama.” — Helena Cardasium “Não temo os Xenii . Eles nos odeiam porque não nos compreendem. Temo os homens que nos odeiam porque nos conhecem bem demais.” Dux Corsarii Marcus Varro “Não lutamos contra o Imperium Solare . Lutamos pelo que ele deveria ser. A Centelha é apenas o início. O fogo virá.” — Manifesto da Centelha “Não é a força que mantém um Imperium Solare , mas a fé em sua eternidade. E quando essa fé se quebra, até os deuses tremem.” — "Senator" anônimo ”Se olhar para o abismo e rir do perigo. O Velho escuta cada risada. E chega quando menos esperar e ninguém foge do seu olhar.” — "Philosophus" Ludovicus
Nomes Masculinos Nomes Femininos Nomes e Sobrenomes Nomes e Sobrenomes Aelius Agrippa Albinus Antonius Aurelianus Augustus Balbus Brutus Caecilius Caelius Cato Cassianus Cassius Celer Celsus Claudius Cornelius Crispus Decimus Drusus Ennius Fabricius Faustus Fabius Flavianus Flavius Gallus Gaius Hadrianus Horatius Iulius Iunianus Livius Longinus Lucius Manius Marcellus Marcus Maximus Nero Nonius Octavianus Otho Paulus Petronius Quintus Remus Rufus Severus Tiberius Aelia Agrippina Albina Antonia Aurelia Augusta Balbina Bruttia Caecilia Caelia Catia Cassia Celia Claudia Cornelia Crispina Decima Drusilla Ennia Fabia Faustina Flavia Gallia Gaia Hadriana Horatia Iulia Iuniana Livia Longina Lucia Mania Marcella Marcia Maxima Nona Octavia Othonia Paulina Petronia Quinta Remia Rufina Severina Tiberia Valeria Vibia Vettia Vitellia Vitia Septimianus Valdek Aurelius Drakon Cassius Veynor Cornelius Varian Flavius Severan Hadrianus Kaelorn Antonius Valtheris Tiberius Corvax Maximus Veydan Marcus Domitrian Gaius Mortan Octavianus Veyric Livius Kaedor Lucius Varendor Brutus Calvorn Drusus Voran Paulus Kaelith Remus Dornian Nero Solanth Horatius Draelon Flavia Domitrian Aurelia Kaelith Livia Veynor Antonia Valdekka Iulia Seraphine Claudia Drakana Cornelia Veyra Maxima Dornia Marcia Solanthia Severina Calvora Octavia Kaelara Paulina Veyricca Gaia Mortana Albina Corvanna Faustina Valtheria Hadriana Draelia Celia Varennia Tiberia Kaedora Aurelia Veyndra Quintia Solvanna